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Quão frágil nós somos.

Hoje em meio as minhas orações estava escrevendo. Às vezes faço orações apenas mentalmente, às vezes em voz alta, às vezes sussurradas e às vezes as escrevo. Hoje foi um dia no qual eu as escrevi. Em meio aos clamores, constatações e aspirações que tenho me peguei escrevendo algo que me soou válido registrar. Segue: Espera. Espera. Espera. Uma geração que não sabe mais esperar. Uma geração que prefere o temporário, o frágil e o substituível. Uma geração que vive de frisson em frisson. Uma geração viciada em grandes e extraordinários acontecimentos. Uma geração que precisa sentir tudo agora. Uma geração que morre jovem. Uma geração que consome tudo o que tem a frente. Uma geração do espetáculo. Deus nos cure das demasiadas expectativas que depositamos em nossas pobres vidas limitadas. Deus nos cure do mal que nos fizeram os berços de ouro em que nossos pais nos colocaram. Que geração frágil a qual pertenço. Quantas expectativas plantadas erroneamente. Quanto brinq

Um pouco mais sobre felicidade...

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        Uma vez me disseram que todos os animais nascem com algum tipo de proteção natural a não ser o homem. O homem nasce totalmente sem proteção e precisa ser protegido por outro homem.  No entanto, o interessante é o recurso utilizado para que um homem queira proteger outro homem recém-nascido. Esse recurso seria a fofura.  Isso mesmo! A ideia seria exatamente da criança ser algo tão fofo que causaria automaticamente vontade no homem maduro de proteger, de ser sensível e carinhoso...como se a criança fosse algo tão encantador que fizesse valer a pena todo o esforço para protegê-la e cuidar dela. Tomando isso como base, tendo a crer que o mesmo vale quando crescemos de alguma forma. Não é impressionante como a beleza da juventude parece amenizar toda a ignorância que carregamos junto a ela? É como se o sorriso, o rostinho bonito, a vivacidade e o coração esperançoso desculpassem automaticamente os erros, as más decisões,  as más expressões, as más vestimentas e os péssimos co

Sobre felicidade

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      Essa semana eu recebi de uma amiga um texto que falava sobre como pessoas felizes se comportavam em comparação a pessoas tristes. Segue o link aqui pra quem quiser ler: Sobre os Felizes - Socorro Acioli Se você leu, percebeu que a escritora é sem dúvida uma observadora de pessoas e seus comportamentos e, segundo seu ponto de vista, a diferença entre aqueles que são felizes seria essencialmente, a generosidade, ou seja, pessoas felizes dividem o que têm, seja o tempo, o cuidado, a alegria, o conselho, o silêncio. Pessoas felizes então, seriam pessoas que repartem o que tem. Dentro dessa ideia, outras questões me são levantadas. 1) Repartir com outros me faz feliz ou reparto com outros porque sou feliz? 2) Pode alguém escolher deixar de ser infeliz? A felicidade ou falta dela é uma escolha? 3) E que felicidade é essa que todo mundo busca afinal? Sem a pretensão de encontrar respostas exatas para todas as questões, acho válido discorrer sobre o assunto.  

“-Ah! Mas é porque você é evangélica!” - Quando o fato de você se declarar evangélica invalida sua opinião.

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                Hoje ouvi a seguinte frase “Você não gosta do carnaval porque você é evangélica.” Ainda que de algum modo haja sim uma verdade nessa afirmação, o que me chamou atenção foi que eu estava apenas falando que não gostava mesmo da bagunça e do barulho que o carnaval faz - coisa que inúmeras pessoas atéias, umbandistas, católicas e budistas também acham. É interessante como realmente o evangélico carrega um estereótipo, um rótulo generalizado. E o pior é que quando a outra pessoa fica sabendo que eu sou evangélica, automaticamente um arquivo no acervo mental dessa pessoa é acessado e tudo o que ela entende de “ser envangélico” vem à toa, ainda que não tenha nada haver com quem eu sou.             Eu não gosto do carnaval porque EU não gosto do carnaval, assim como EU não gosto de carne de bode. Carnaval pra mim é feio, não tem gosto bom e cheira mal. Assim como carne bode. O que quero dizer com isso é que existem opiniões diferentes entre as pessoas, independente d

O que queremos ser - Uma introdução

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      Me sinto feliz em estar escrevendo essas primeiras palavras. Muito porque uma das coisas que mais gosto de fazer é poder compartilhar coisas com outras pessoas. Poder colocar “no papel” pensamentos, idéias, reflexões, questionamentos sempre foram uma forma que tinha para me expressar desde mais nova. Já tive dois blogs ao longo da vida.       Meu primeiro blog foi numa época em que blogs não eram tão comuns. Não era comum muitas pessoas que escreviam na internet. Esse primeiro blog durou alguns anos. Escrevia poesias. Irritações. Manifestos. Baixaria. Mini roteiros. Postava músicas. Era uma retrato de quem eu era mesclado com quem eu gostaria de ser. Só não dava pra saber o que era o que. O blog me servia como uma apresentação. Sempre me entendi como alguém que era coisa demais pra se explicar em pouco tempo e morria de medo do outro não perceber o quanto sensacional eu era. Aí eu enviava o link do blog pra pessoa ler. Era um blog de alguém inteligente porém cheia de mimo